A FILOSOFIA NO DECÁLOGO: Evidências para o argumento moral
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320 páginas
Ao partirmos do diálogo entre a filosofia e a teologia, podemos perceber a eficácia do argumento moral no debate sobre a validade da religião cristã na contemporaneidade. Esse argumento está evidenciado nos Dez Mandamentos da literatura hebraica sagrada, e por isso o Decálogo tem a possibilidade de sustentação filosófica, mormente no que concerne às disputas sobre o fundamento da moral, em que se desdobram teorias éticas racionalistas, empiristas, essencialistas e construcionistas.
Há também séries terminológicas extensas que visam classificar éticas diferenciando suas formas. Seguem-se ligeiramente algumas delas, as quais são ordenadas como: éticas descritivas (como é a conduta), prescritivas (como deve ser a conduta), materiais (valor moral determinado), formais (forma universal da moralidade), procedimentais (procedimento que legitima a norma), substanciais (há substância ética essencial), teleológicas (relacionadas ao fim, às consequências), utilitaristas (o que é útil, o maior bem estar para o maior número de pessoas) e deontológicas (o dever incondicionado de um valor absoluto).
A abordagem que aqui se segue aproxima-se da teoria moral essencialista em contraponto ao construcionismo; da teoria moral substancial em detrimento do procedimentalismo; da teoria moral deontológica em oposição ao utilitarismo. Isso em razão do entendimento de que há uma essência, um valor moral que prescreve as ações, uma verdade absoluta que confronta diretamente o relativismo ético. Este texto propõe, assim, demonstrar que o Decálogo, ao apontar procedimentos essenciais em suas prescrições, pode ser perfeitamente lido sob a ótica do essencialismo moral.